Entendendo o assunto…
A importância da pronúncia no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras frequentemente é relegada a um segundo plano, apesar de seu papel fundamental na comunicação eficaz.
Enquanto as quatro habilidades principais – leitura, escrita, compreensão auditiva e fala – são tradicionalmente enfatizadas como geradoras de comunicação real e como componentes cruciais para a fluência, a pronúncia costuma receber menos atenção.
No entanto, é importante questionar o lugar da pronúncia nesse quadro e se é realmente necessário melhorar a pronúncia em inglês.
Exames de proficiência em língua estrangeira, como os administrados pela Universidade de Cambridge, muitas vezes atribuem uma parcela insignificante de sua pontuação total à pronúncia, geralmente cerca de cinco a seis por cento.
Isso sugere que a pronúncia não é valorizada como um elemento-chave para a avaliação da competência linguística.
No entanto, esse posicionamento pode ser visto como problemático, uma vez que a pronúncia desempenha um papel central na compreensão mútua e na clareza da comunicação, além disso, se você melhorar a pronúncia em inglês, você não será prejudicado.
Conteúdo
Melhorar a pronúncia em inglês é necessário?
À medida que o inglês se torna uma língua franca global – o que significa dizer que acaba sendo mais difundida do que as demais, além de tornar-se o meio de comunicação mais usado –, a probabilidade de interagir com não-nativos supera em muito a interação com falantes nativos.
Nesse contexto, o conceito de uma “pronúncia padrão” perde relevância, uma vez que os não-nativos oferecem uma variedade de modelos de pronúncia tão evidentes e eficazes quanto a de um britânico, por exemplo.
Isso coloca em questão a necessidade de melhorar a pronúncia em inglês, uma vez que a comunicação bem-sucedida em inglês muitas vezes ocorre entre não-nativos que possuem diferentes sotaques e padrões de fala.
No entanto, alguns estudos defendem que o ensino de línguas estrangeiras deve se basear em três pilares:
Refere-se ao “falar certinho”. Envolve o uso apropriado de palavras, tempos verbais, concordância, pontuação e outros elementos gramaticais.
Refere-se à sofisticação e à diversidade das estruturas que compõem as palavras e frases de um idioma.
Envolve a correta produção dos sons, ritmo, entonação e acentuação.
Refere-se ao “falar certinho”. Envolve o uso apropriado de palavras, tempos verbais, concordância, pontuação e outros elementos gramaticais.
Refere-se à sofisticação e à diversidade das estruturas que compõem as palavras e frases de um idioma.
Envolve a correta produção dos sons, ritmo, entonação e acentuação.
Essa abordagem argumenta que, quando um desses aspectos é enfatizado, os outros dois são prejudicados de alguma forma. Portanto, a pronúncia costuma ser negligenciada em favor dos aspectos gramaticais e estruturais.
Essa visão desconsidera a importância da pronúncia como um elemento integral do processo de comunicação.
O livro para você se aprimorar
Em paralelo ao entendimento de que todos os sotaques são bem-vindos (e, de fato, são!) , o livro English Pronunciation for Brazilians: The Sounds of American English surge como uma ferramenta valiosa para quem quiser melhorar a pronúncia em inglês.
O livro lançado em 2006 é ainda atual e direcionado especificamente a falantes nativos do português brasileiro que desejam melhorar a pronúncia em inglês.
Além disso, também reconhece a necessidade de um enfoque mais personalizado e adaptado às necessidades específicas desses alunos.
Os exercícios são projetados de forma a serem relevantes e úteis, evitando atividades mecânicas que não agregam valor ao desenvolvimento da pronúncia.
A vantagem do material, comparado com publicações internacionais, é levar em consideração os desafios dos falantes brasileiros ao se comunicar, especificamente no que diz respeito a melhorar a pronúncia em inglês.
English Pronunciation for Brazilians: The Sounds of American English explora o aspecto lúdico do aprendizado, indo além de limeriques (frases rimadas) e trava-línguas comuns em livros de ensino de pronúncia.
Ele oferece uma variedade de atividades envolventes para fortalecer a percepção e produção dos sons em inglês, incluindo o relacionamento de palavras com transcrições fonéticas e exercícios de palavras cruzadas com símbolos fonéticos.
Essa abordagem torna o aprendizado mais dinâmico e divertido, o que nem sempre é possível quando se quer melhorar a pronúncia em inglês.
Como o livro pode te ajudar?
A estrutura do livro é orientada para o aluno, com lições que seguem um padrão consistente. Cada lição inclui:
Esta compara e contrasta como se produzem os sons (fonemas) em inglês e português, ajudando os alunos a entender as diferenças e semelhanças.
Extensiva, articulatória, isolada e contextualizada dos fonemas em questão, permitindo que os alunos desenvolvam suas habilidades de pronúncia de forma gradual.
Elementos de discriminação auditiva, que ajudam os alunos a afinar suas habilidades de escuta e a reconhecer sons específicos em contexto.
Referente ao tópico da lição, garantindo que os alunos consolidem o que aprenderam.
A organização do livro torna-o adequado para uma variedade de contextos de ensino:
♦ Pode ser usado de forma autônoma, permitindo que os alunos trabalhem de forma independente em seu aprimoramento de pronúncia.
♦ Pode ser utilizado em grupos, como parte de cursos voltados especificamente para a redução de sotaque.
♦ E também pode ser usado como material complementar em aulas de inglês.
Um fator adicional que corrobora para a funcionalidade do material é que ele é acompanhado por três CDs de áudio (mais de 270 faixas!), respostas para os exercícios e um glossário – que além de ajudar a melhorar a pronúncia em inglês, também torna o aprendizado mais acessível.
Sobre os autores
Os autores Sonia Godoy, Cris Gontow e Marcello Marcelino são conhecidos no cenário de ensino de inglês no Brasil por sua longa carreira nas áreas de ensino, pesquisa e produção de materiais didáticos.
E o grande feito deste livro está no fato de inovar ao ter sido pensado especificamente para falantes nativos do português (brasileiro) e que querem melhorar a pronúncia em inglês.
No prefácio, o professor H. Douglas Brown, da San Francisco State University chama a atenção:
Talvez haja muitos livros impressos que fornecem instrução geral sobre a comunicação oral, e não necessariamente voltados a qualquer grupo de falantes nativos. Este livro é devidamente direcionado e fala diretamente ao seu público específico.
Professor H. Douglas Brown
Se ainda não se convenceu…
Em resumo, English Pronunciation for Brazilians: The Sounds of American English oferece um caminho claro para melhorar a pronúncia em inglês e aproximar o aluno da pronúncia nativa americana.
No entanto, é essencial lembrar que a pronúncia por si só não é suficiente. Outros fatores, como a entonação, também são cruciais para a comunicação oral eficaz em inglês.
Ainda assim, a obra com suas quase 300 páginas preenche uma lacuna importante no ensino de pronúncia, oferecendo um recurso valioso para falantes nativos do português brasileiro que desejam melhorar sua pronúncia em inglês.
Através do foco no público específico e das atividades envolventes, o livro contribui para tornar o aprendizado da pronúncia mais relevante e eficaz.
Portanto, mesmo que a pronúncia seja apenas um dos muitos aspectos da aquisição de uma língua estrangeira, não pode ser subestimada, pois desempenha um papel crucial na comunicação e na compreensão mútua.
E que tal um desafio?
Eu duvido (brincadeira, não duvido não) que depois de comprar o livro e passar por pelo menos uma lição, você não se sinta capaz de melhorar sua pronúncia em inglês.
Bons estudos, e depois compartilhe aqui a sua opinião sobre o livro!